Houve ou Houveram
Houve problemas. Houve mudanças.
Houve feridos. Houve reclamações. O verbo haver enquanto verbo impessoal, com
sentido de existir, é conjugado apenas na 3ª pessoa do singular (houve),
independente da restante frase dizer no plural ou no singular. Assim, está
errado dizer: Houveram feridos. Houveram dificuldades.
Exemplos:
Houve muitas pessoas interessadas na vaga de emprego.
Houve dificuldades na implementação do novo projeto.
Houve (como verbo sentido existir) conjuga na 3ªpessoa do
singular.
A forma conjugada “houveram”
tem uma utilização muito reduzida, estando apenas correta a conjugação do verbo
haver se apresenta com sentido equivalente ao verbo ter: eles tiveram/eles
houveram.
Exemplos:
Semana passada, ele houve de ir conversar com o diretor
sobre suas funções.
Semana passada, eles houveram de ir conversar com o diretor
sobre suas funções.
Houve de acontecer essa situação para que você me desse
valor.
Houveram de acontecer essas situações para que você me desse
valor.
Faz ou Fazem
O verbo “fazer” não se altera quando ele estiver indicando
tempo decorrido (ou seja: o verbo é impessoal). Portanto, devemos dizer “faz
dois meses”, “Faz cinco anos”, etc.
Entre eu e você ou entre mim e você?
De acordo com a norma culta, após as preposições emprega-se
a forma obliqua dos pronomes pessoais. Veja:
Isso fica entre
eu e ela. (Errado)
1. Isso fica entre
mim e ela. (Certo) ou
2. Isso fica entre
mim e ti.
Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento,
enquanto os pronomes pessoais do caso reto, de sujeito. Observe:
1. Ela olhou para
mim com os olhos amorosos (olhou para quem? Complemento mim).
2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá
praticar a ação de passar? Sujeito: eu.).
Pronome Oblíquo
São chamados átomos os pronomes oblíquos que não são Precedidos de preposições.
(Eu) me
(Tu) te
(Ele/ela) o, a, lhe
(Nós) nos
(Vós) vos
(Eles/elas) os, as, lhes
Pronome Oblíquo Tonico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos de
preposições, como: a, para, de e com.
Os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto na
oração.
(Eu): mim, comigo
(Tu): ti, contigo
(Ele/ela): ele, ela
(Nós): nos, convosco
(Vós): convosco
(Eles/elas): eles, elas
Aonde (Movimento) ou onde (Lugar, sem ideia de movimento)
Na realidade, existe sim uma forma correta de se empregar
esses termos, mas não como foi usado no texto acima. Confira a explicação:
Aonde é a soma de
dois vocábulos: a preposição A e o adverbio ONDE. A palavra é usada com os
verbos que dão ideia de movimento e equivale sempre (pode ser substituído) a
“para onde”.
Exemplos:
Aonde você vai
Aonde
chegou a violência urbana?
Sendo assim, com
os verbos que NÃO dão a ideia de
movimento usa-se a palavra ONDE.
EMPREGO DOS PORQUÊS
POR QUE
Exemplos:
Desejo saber por que
você voltou tão tarde para casa.
Por que você
comprou este casaco?
Há casos em que Por
que representa a sequência preposição
+ pronome relativo, equivalendo
a “pelo qual” ou alguma de suas flexões (pela qual, pelos quais, ´pelas quais).
Exemplos:
Estes são os direitos por
que estamos lutando.
O túnel por que
passamos existe há muitos anos.
POR QUÊ
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um
ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência
deve ser grafada porquê, pois,
devido á posição na frase, o monossílabo “que” passa a ser Tônico.
Exemplos:
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê?
Será deselegante se você perguntar novamente por quê!
PORQUE
A forma porque é
uma conjunção, equivalendo a pois,
já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação
ou causa.
Exemplos:
Vou ao supermercado porque
não temos mais frutas.
Você veio até aqui porque
não conseguiu telefonar?
PORQUÊ
A forma porquê
representa um substantivo. Significa
“causa”, “razão”, “motivo” e normalmente surge acompanhada de palavra
determinante (artigo, por exemplo).
Exemplos:
Não consigo entender o
porquê de sua ausência.
Existem muitos porquês
para justificar esta atitude.
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.
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